quinta-feira, 29 de maio de 2008

EDUCAÇÃO AMBIENTAL TEORIA E PRÁTICA

O mini-curso se divide em duas partes - teoria e pratica. A primeira, abordando desde a história da Educação Ambiental, seus princípios e objetivos, apresenta ainda o contexto brasileiro, seus ciclos econômicos e aspectos legais. A segunda parte, destinada à prática da disciplina, trata da educação ambiental não formal e fala dos principais projetos promovidos no campus da PUC-Rio. Será oferecido material didático.

Ementa:

Parte teórica:
1. Educação ambiental
1.2 histórico
1.3 princípios básicos da educação ambiental
1.4 objetivos da educação ambiental
1.5 a educação ambiental no Brasil
1.6 os ciclos econômicos no Brasil e os impactos ambientais
1.6 leis - federal e estadual de educação ambiental

Parte prática:
2. Os projetos de educação ambiental no campus da puc-rio
2.1 a educação ambiental não-formal
2.2 o projeto jornadas ecologicas nas vilas olimpicas
2.3 o projeto maré ambiental

Prof. Ms. Roosevelt Fideles de Souza. Bacharel e licenciando em Geografia e licenciando em história pela PUC-Rio. Mestre pelo dept. serviço social da PUC-Rio. Coordena e atua em projetos de educação ambiental a mais de dez anos. É professor estatutário da rede publica estadual do Rio de Janeiro.

Horário: 15h às 18h
Valor: R$25,00
Local:K120 e campo

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Mini-Curso de Plantas Medicinais


Por que conhecer mais sobre plantas medicinais?
O conhecimento do uso de plantas medicinais, provavelmente é tão antigo quanto à humanidade. Mesmo antes que qualquer estudo científico comprovasse a eficácia de determinadas plantas medicinais, estas já eram utilizadas desde a Antigüidade por meio do conhecimento empírico. Entretanto, na história do uso das plantas medicinais, verifica-se uma lacuna correspondente a década de 50 a 70, pois com a síntese do primeiro composto orgânico, em 1928, inaugurou-se a era dos medicamentos sintéticos, levando a um crescente esquecimento da importância das plantas medicinais. Nesse período, os medicamentos químicos foram substituindo paulatinamente as plantas medicinais.
Porém, atualmente, essa realidade vem mudando. Com a busca da humanidade por formas mais sustentáveis de saúde, moradia e de relação com a natureza, a população mundial busca cada vez mais utilizar plantas medicinais no cuidado de sua saúde. Segundo, a Organização Mundial de Saúde, cerca de 80% dos habitantes da terra já utilizam extratos de plantas ou seus princípios ativos nos seus cuidados básicos de saúde.
Dessa forma, as plantas medicinais voltaram a despertar interesse e merecer investimentos em pesquisa e ensino, seja pela descoberta de novos compostos com propriedades medicinais, seja pela busca de diminuir os gastos da população com medicamentos, ou por ser uma alternativa na prevenção e tratamento de doenças, além de minimizar o problema de efeitos colaterais observados no uso de vários medicamentos sintéticos.

Conteúdo do curso:
- Histórico do uso de plantas medicinais pela humanidade;
- Princípios ativos de plantas medicinais;
- Identificação, forma de uso e toxicologia de algumas espécies de plantas medicinais;
- Formas de cultivo de plantas medicinais em espaços urbanos e através do uso de técnicas agroecológicas e com o uso de homeopatia;
- Manipulação de remédios caseiros.

Ministrantes:
- Nina Escorel Arouca, Bióloga formada na Universidade Federal de Viçosa. Fitoterapeuta e Terapeuta homeopata não médica.
- Laida da Silva Cruz, Agricultora agroecológica de plantas medicinais. Fitoterapeuta e Terapeuta homeopata não médica.


Carga horária: 12 horas.
Horário: 14h às 18h

Número de alunos: 20
Valor: R$25,00

Jardim especial

Adeqüe seu jardim às suas necessidades
Inspirar-se na natureza para criar casas e jardins é princípio básico da permacultura, prática que vem ganhando adeptos no mundo inteiro. No Brasil, a rede Permear divulga eventos e cursos na área. Formado em horticultura, o especialista australiano Peter Webb conta um pouco sobre o assunto.
- A & C: Como é um jardim sugerido pela permacultura?
- Peter Webb: É um espaço muito bem planejado, que leva em conta as necessidades de todos os elementos envolvidos e sua relação de interdependência. Nele, predominam as plantas perenes, comestíveis e úteis aos moradores. Ele não depende apenas do jardineiro porque se beneficia da cooperação entre as espécies e da ação dos pássaros, insetos e do ambiente, num ciclo natural de evolução.
- A & C: Como praticar nas cidades?
- P.W: A permacultura implica cuidado com o meio ambiente e o bem-estar de todos. Consuma de maneira consciente, separe o lixo para reciclagem, plante uma horta com verduras, ervas e flores. Se lhe falta espaço, cultive em vasos. Alimente os pássaros, converse e troque produtos com seus vizinhos.

Mini-Curso "SAÚDE, SOCIEDADE E AMBIENTE"

A crise mundial quanto ao nosso modelo de vida e os seus efeitos sobre o ambiente nos faz rever nossos valores e princípios. O modelo econômico focado no crescimento a qualquer custo, a competitividade como regra e a concentração das riquezas levou o mundo a um abismo social sem precedentes e ao possível colapso ambiental se não revermos o nosso paradigma capitalista-industrial-urbano-patriarcal. Os efeitos sobre o clima a partir do aquecimento global vem sendo alvo de diversas investigações, porém a descrição de seus efeitos se limitam ao ambiente, com pouca investigação na questão do impacto destas mudanças na saúde do homem. A vida do homem moderno impõe uma série de condicionantes extremamente deletérios à nossa saúde estabelecendo um ultimato à nossa espécie e às demais. A análise desse processo torna-se imprescindível frente aos novos desafios, tanto para os profissionais de saúde como para os demais, assim como para a população em geral. O sistema de saúde brasileiro não comporta os problemas vividos hoje e não possui estrutura e organização para enfrentar os problemas que já estão em desenvolvimento. O setor saúde não será capaz de enfrentar sozinho a questão, sendo portanto, necessário o envolvimento e articulação de vários profissionais.

Objetivo: O curso visa provocar uma reflexão sobre questões que integram o modelo de sociedade, as questões ambientais e sua associação à saúde.

Ementa: A história da ciência, do método científico e a crise do paradigma cartesiano. Sua influência na compreensão do modelo de causalidade no processo saúde e doença. A história moderna e os modelos econômicos, a lógica da produção e consumo, da revolução industrial à modernidade. O capitalismo globalizado, a revolução da informação e o conflito social associado ao potencial colapso ambiental, uma visão do setor saúde. O desenvolvimento tecnológico na ciência da saúde e a sua lógica de consumo considerando os sistemas de saúde público e privado. Os macrodeterminantes em saúde, sua relação com a questão ambiental, o processo de urbanização no Brasil e o quadro epidemiológico atual. A dimensão da ecologia profunda e a integralidade da atenção à saúde, uma visão holística e evolutiva do ser humano. O sistema de saúde brasileiro e o pensamento ambiental, quais as iniciativas que vem mostrando êxito no enfrentamento das questões atuais. A imprevisibilidade do futuro epidemiológico do planeta e condutas individuais saudáveis e adequadas para os novos tempos.


Professor: Paulo Klingelhoefer de Sá
Médico, UFRJ; Mestre em Saúde Pública, ENSP/FIOCRUZ; Pós Graduado em Educação Médica, UNIFESP; Pós Graduado em Homeopatia, SOHERJ; Coordenador do Programa Curricular Saúde e Sociedade da Faculdade de Medicina de Petrópolis/RJ, Coordenador da Residência em Medicina de Família e Comunidade e Coordenador das Unidades Ambulatoriais da Faculdade de Medicina de Petrópolis/FASE-RJ.

03/06 - 3ª FEIRA

17h às 19h: O pensamento científico e a crise cartesiana frente ao pensamento sistêmico e holístico.
19 às 21hh: O modelo socioeconômico, o abismo social e o potencial colapso ambiental.

4/06 - 4ª FEIRA

17h às 19h: A tecnologia e a saúde em uma sociedade de consumo.
19h. às 21h: O impacto ambiental e os problemas de saúde da modernidade.

5/06 - 5ª FEIRA

17h às 19h: A organização do sistema de saúde brasileiro, experiências exitosas para se enfrentar o futuro.
19h às 21h: O futuro epidemiológico do planeta e as condutas saudáveis.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPRA, F. 2005, Conexões Ocultas.SP. Ed. Cultrix.
CAPRA, F. 1982, O Ponto de Mutação.SP. Ed. Cultrix
GOSWAMI, A. 2005, A Física da Alma.SP. Ed. Aleph
FREIRE, P. 1996, Pedagogia da Autonomia.SP. Ed. Paz e Terra
MORAES, M. C.2003, Educar na Biologia do Amor e da Solidariedade.RJ. Ed. Vozes
MATTOS, R.A. e Pinheiro, R. 2001, Os Sentidos da Integralidade. RJ. ABRASCO
MATTOS, R.A. e Pinheiro, R. 2003, Construção da Integralidade. RJ. ABRASCO
MINAYO, M. C. S.2003, Violência sob o olhar da saúde. RJ. Ed. FIOCRUZ
DIPLOMATIQUE, Le Monde. 2007. Alternativas ao aquecimento global. SP. Instituo Paulo Freire
VASCONCELOS, E.M. 2001. A Saúde nas Palavras e nos Gestos. SP. Ed. HUCITEC
CAMPANA, A.O. 2001. Investigação Científica na Área Médica. SP. Ed. Manole
LEOPARDI, M.T.2002. Metodologia da Pesquisa na Saúde. SC. UFSC
MONSON, S. 2007. Earthlings(DVD). USA. Nation Earth.


Carga horária: 12 horas.
Número de alunos: 30
Horário: 17h às 21h
Valor: R$25,00

Mini-curso Botânica Econômica


Por que conhecer mais sobre plantas medicinais?
Atualmente, duas situações vêm destacando e popularizando a função das plantas na manutenção do bem-estar e até da própria existência da sociedade como um todo. A produção de combustíveis a partir de matéria-prima vegetal, os biocombustíveis, alçou o Brasil a uma posição de destaque no cenário internacional como detentor de uma tecnologia altamente cobiçada frente ao atual, e progressivamente pior e irreversível, nível de consumo das reservas petrolíferas, recurso finito. A outra é a questão ambiental com destaque para o aquecimento global com suas conseqüências e causas, sendo uma delas o desmatamento.
Estes dois assuntos tem trazido à tona discussões que invariavelmente passam por temas “vegetais” como: a real importância da Amazônia e desmatamentos de modo geral, tamanho de áreas plantadas e OGMs (organismos geneticamente modificados), políticas ambientais, a atuação e presença de ONGs em território nacional, cartões de crédito de compensação de emissão de carbono, o que cada um de nós pode fazer, o que cada um de nós deve fazer, etc.
Paralelo a esta semi-histeria, passa desapercebida a real abrangência da utilização de plantas em nossas vidas. Não seria exagero afirmar que as plantas são, atualmente, os organismos mais importantes existentes. Sua utilização permeia praticamente todos os aspectos da vida, desde o momento que acordamos e nos vestimos, até a cervejinha no bar de noite (ou outra hora!).
Neste curso conversaremos sobre a diversidade de uso de plantas, bem como a própria diversidade das plantas e de partes de plantas utilizadas, localizando os principais usos e grupos de plantas utilizadas.

Conteúdo do curso:
O conceito de plantas úteis
Tipos de uso de plantas
Principais famílias de plantas com aplicações
Reconhecimento em campo destas famílias

Ministrante:
MSc. Carlos Reif
Biólogo formado na Universidade Santa Úrsula, mestre em Botânica pelo Museu Nacional do Rio de Janeiro/ UFRJ


Carga horária: 12 horas
Horário: 17h às 21h

Número de alunos: 30
Valor: R$ 25,00

Sala a ser definida.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Vou de carona!

Mobilidade sustentável significa atender às necessidades da sociedade de se mover livremente, obter acesso, se comunicar, comercializar e estabelecer relações sem o sacrifício de valores humanos essenciais ou ecológicos, hoje ou no futuro.
Conseqüência negativa do crescimento sem planejamento da mobilidade em uma região, o trânsito é outro desafio a ser enfrentado em todo o mundo. Isso se tornar particularmente dramático para nações emergentes como o Brasil, que não conta com uma infra-estrutura adequada para atender a população. Segundo a Federação Internacional de Rodovias, entre 1980 e 2000, a frota brasileira cresceu cerca de 230%, enquanto a malha viária teve expansão de apenas 25%. Como a maior parte dos veículos circula em cidades, o trânsito
tem se tornado um entrave na vida dos brasileiros.

Em qualquer dia útil, a velocidade média dos veículos na capital paulista, por exemplo, não passa de 15 km/h, o que acarreta enormes perdas em tempo e negócios. Não há números sobre esse prejuízo, mas, em Bangkok, na Tailândia, onde a média horária dos carros em dias de semana é similar à de São Paulo, os congestionamentos custam o equivalente a 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB) da cidade, segundo dados do Banco Mundial.

Uma saída encontrada na década de 1980 nos países desenvolvidos para combater o trânsito é o car sharing (literalmente “compartilhamento de carros”). Os adeptos desse sistema, criado na Suíça e na Alemanha, alugam veículos por hora, dividindo o aluguel e o uso com outros usuários. Dados de uma das maiores empresas desse ramo nos EUA, a ZipCar, mostram que para cada carro compartilhado, deixam de circular cerca de outros 20. Além do impacto positivo no trânsito, o car sharing leva à redução nas emissões de gases do efeito estufa não apenas por tirar outros carros das ruas, mas também porque produz uma mudança no modo de se usar o veículo. Segundo a empresa, os usuários passam a utilizar os carros apenas para tarefas estritamente necessárias. Para as demais atividades, caminham ou usam transportes públicos e não-motorizados (como bicicletas).

Pensando em alternativas aos milhares de individuos que, sozinhos, emitem toneladas de CO2 (aumentando sua pegada ecologica) a caminho da universidade, o Grupo de Trabalho Educacao Ambiental prepara estrategias que auxiliem uma nova postura dos universitarios frente a questao global de mudancas climaticas.

terça-feira, 1 de abril de 2008

As mudanças no clima da Terra

De acordo com o IPCC (Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas), os riscos que as alterações climáticas criam exigem ações urgentes. Os efeitos serão sentidos em todo o mundo e são ainda mais perigosos para as cerca de 2,6 bilhões de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, sem ter suas necessidades básicas atendidas. Cessar ou atenuar os efeitos dessas mudanças é algo premente, uma vez que o equilíbrio do ecossistema é o que nos permite acesso à água e às práticas mais comuns da vida humana. É preciso atenuar o desperdício de energia e a poluição do meio ambiente, adaptar-se às novas condições do mundo, formar alianças globais para enfrentar o problema e, sobretudo, tomar ações imediatas.

sexta-feira, 28 de março de 2008

II Seminário de Mudanças Climáticas PUC-Rio

Na próxima semana, dias 2 e 3 de Abril (quarta e quinta), a PUC-Rio e o NIMA estarão realizando o II Seminário de Mudanças Climáticas no Auditório Padre Anchieta. As palestras levantarão a importante temática do aquecimento global e suas implicações na Política e na Economia, no âmbito Brasil e a cidade do Rio de Janeiro. Também sucscitará as premissas da Agenda Pós-Quioto e o desafio da Universidade Sustentável.

Para conhecer a programação acesse:
As incrições são gratuitas e feitas no ingresso do evento.

Professores da PUC-Rio e especialistas participarão da apresentação dos palestras. “O ano passado marcou o auge das discussões sobre o clima. Agora, em 2008, será o ano das ações para revertermos essa situação que o ser humano criou”, explica Luiz Felipe Guanaes Rego, diretor do NIMA.

Também se faz importante que a ocasião inaugure a nova era da universidade, onde o encontro de práticas sustentaveis dentro do campus seja objeto de pesquisas academicas e experimentações dos proprios alunos, profissionais para o futuro.
Dedicado a esta iniciativa, no segundo dia de Seminário, sob coordenação do vice-reitor da PUC, Pe. Josafá Carlos de Siqueira, serão debatidos os temas referentes à "Universidade Sustentável", e serão apresentados os Grupos de Trabalho de Sustentabilidade.
Os grupos organizam suas pesquisas e atividades tendo em vista a eficácia ambiental do campus e procuram agregar outros cursos e disciplinas dos diversos departamentos de ensino no desenvolvimento de outras iniciativas.

Os Grupos de Trabalho apresentam a seguinte disposição (e se intercomunicam diretamente):
- Água e Energia - coordenado pelo Prof. Tácio Mauro Pereira de Campos - ENG - tacio@civ.puc-rio.br e José T. Araruna Jr. - ENG - araruna@puc-rio.br
- Materiais e Resíduos - coord. pela Prof. Maria Fernanda R. C. Lemos - ARQ - mariafernandalemos@puc-rio.br e Marcos Cohen – ADM - mcohen@iag.puc-rio
- Biodiversidade - coord. pelo prof. Luiz Felipe Guanaes Rego – NIMA – regoluiz@puc-rio.br
- Educação Ambiental - coord. pela prof. Léa Tiriba – EDU – leatiriba@domain.com.br

Os Grupos de Trabalhos promovem reuniões abertas todas as Quintas-feiras, às 13:30h no NIMA. Não haverá reunião na semana do Seminário.

Aquecimento Global e Mudanças Climáticas


O aquecimento global é resultado do lançamento excessivo de gases de efeito estufa (GEEs), sobretudo o dióxido de carbono (CO2), na atmosfera. Esses gases formam uma espécie de cobertor cada dia mais espesso que torna o planeta cada vez mais quente e não permite a saída de radiação solar.

O que é efeito estufa?

O efeito estufa é um fenômeno natural para manter o planeta aquecido. Desta forma é possível a vida na Terra. O problema é que, ao lançar muitos gases de efeito estufa (GEEs) na atmosfera, o planeta se torna quente cada vez mais, podendo levar à extinção da vida na Terra. Quais as causas das mudanças climáticas? As mudanças climáticas, outro nome para o aquecimento global, acontecem quando são lançados mais gases de efeito estufa (GEEs) do que as florestas e os oceanos são capazes de absorver.




Como são lançados os gases de efeito estufa?

Isso acontece de diversas maneiras. As principais são: a queima de combustíveis fósseis (como petróleo, carvão e gás natural) e o desmatamento (no Brasil, o desmatamento é o principal responsável por nossas emissões de GEEs).

Quais os efeitos do aquecimento global?

São várias as conseqüências do aquecimento global. Algumas delas já podem ser sentidas em diferentes partes do planeta como o aumento da intensidade de eventos de extremos climáticos (furacões, tempestades tropicais, inundações, ondas de calor, seca ou deslizamentos de terra). Além disso, os cientistas hoje já observam o aumento do nível do mar por causa do derretimento das calotas polares e o aumento da temperatura média do planeta em 0,8º C desde a Revolução Industrial. Acima de 2º C, efeitos potencialmente catastróficos poderiam acontecer, comprometendo seriamente os esforços de desenvolvimento dos países. Em alguns casos, países inteiros poderão ser engolidos pelo aumento do nível do mar e comunidades terão que migrar devido ao aumento das regiões áridas.







Como o desmatamento influencia na mudança do clima?

Ao desmatar, muitas pessoas queimam a madeira que não tem valor comercial. O gás carbônico (CO2) contido na fumaça oriunda desse incêndio sobe para a atmosfera e se acumula a outros gases aumentando o efeito estufa. No Brasil, 75% das emissões são provenientes do desmatamento. Quais as soluções para combater o aumento do efeito estufa? Existem várias maneiras de reduzir as emissões dos gases de efeito estufa. Diminuir o desmatamento, incentivar o uso de energias renováveis não-convencionais, eficiência energética e a reciclagem de materiais, melhorar o transporte público são algumas das possibilidades.

O que é eficiência energética?

Eficiência energética é nada mais que aproveitar melhor a energia sem desperdiçá-la. Por exemplo, quando se diz que uma lâmpada é eficiente, isso quer dizer que ela ilumina o mesmo que as outras, consumindo menos energia. Ou seja, mesma iluminação, com menos gasto de energia.



O que são energias renováveis não-convencionais?

São energias que não vêm de combustíveis fósseis (como petróleo e gás natural) e também não inclui a hidroeletricidade. As energias renováveis não-convencionais mais conhecidas são a solar, onde se aproveita a luz e o calor do sol para gerar energia, a biomassa, oriunda mais comumente do bagaço da cana-de-açúcar e a eólica, dos ventos.

O que é Convenção do Clima?

É uma reunião anual da Organização das Nações Unidas (ONU) onde os países membros discutem as questões mais importantes sobre mudanças climáticas. A primeira convenção mundial aconteceu em 1992. O nome oficial do evento é Convenção-Quadro da Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCC, sigla em inglês).

O que é Protocolo de Quioto?
Constitui-se no protocolo de um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento global.

O Protocolo de Quioto é consequência de uma série de eventos iniciada com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988), seguida pelo IPCC's First Assessment Report em Sundsvall, Suécia (agosto de 1990) e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC, ou UNFCCC em inglês) na ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil (junho de 1992). Também reforça seções da CQNUMC.

Discutido e negociado em Quioto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 16 de março de 1998 e ratificado em 15 de março de 1999. Apenas após a ratificassão dos países, que juntos produzem 55% das emissões, sendo a Rússia a última, em Novembro de 2004, entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005.

Por ele se propõe um
calendário pelo qual os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado de primeiro período de compromisso (para muitos países, como os membros da UE, isso corresponde a 15% abaixo das emissões esperadas para 2008).
A redução das emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas.
O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações básicas:

- Reformar os setores de energia e transportes;
- Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
- Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;
- Limitar as emissões de
metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos;
- Proteger florestas e outros sumidouros de
carbono.

Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que deva reduzir a
temperatura global entre 1,4ºC e 5,8ºC até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução de 5% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do aquecimento global.

O documento foi ratificado por 168 países. Os Estados Unidos, maiores emissores mundiais, e a Austrália não fazem parte do Protocolo de Quioto.

O que é Fundo de Adaptação?

Um mecanismo financiado pelos países desenvolvidos para que os países em desenvolvimento possam lidar com os efeitos das mudanças climáticas. Hoje, cada projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) paga 2% do seu valor para este Fundo, mas o dinheiro ainda não está sendo empregado.

O que é MDL?

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é um instrumento criado para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa. Mas, para compreender melhor o que isso significa é preciso voltar ao ano de 1997, quando a comunidade internacional fechou um acordo para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, o Protocolo de Quioto. Neste mecanismo da Convenção do Clima, os países desenvolvidos têm até 2012 para reduzir suas emissões em 5,2% tomando como base o ano de 1990. Além de cortar localmente suas emissões, os países desenvolvidos podem também comprar uma parcela de suas metas em créditos de carbono gerados em projetos em outros países. A Implementação Conjunta garante créditos obtidos de países desenvolvidos e o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) permite que estes créditos venham de países em desenvolvimento, como o Brasil.

Outras referências:

- Neste site, http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/1126_clima/index.shtml, uma animação em flash nos traz uma previsão sobre a alteração da temperatura dos continentes.

- Sobre o Protocolo de Kyoto, que termina em 2012, e anuncia novos parâmetros ao desenvolvimento economico global:
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/4006.html

- Finalmente, sobre as iniciativas, dentre elas a do Brasil, a fim de minimizar o impacto na atmosfera:
htp://www.mct.gov.br/index.php/content/view/63044.html

Fontes:
Ministério de Minas e Energia
WWF Brasil


terça-feira, 25 de março de 2008

Esboços de uma sociedade planetária sustentável

Por Fritjof Capra, físico e teórico de sistemas e Ernest Callenbach, ambientalista

(...) Como seria, verdadeiramente, uma sociedade sustentável? Ainda não há modelos detalhados, mas na última década surgiram critérios básicos que nos permitem desenhar a forma emergente das sociedades sustentáveis. A sustentabilidade global requer uma drástica diminuição do crescimento mundial. As sociedades sustentáveis terão populações estáveis, como as que têm hoje em dia 13 países europeus e o Japão. A população mundial deverá se estabilizar no máximo em oito bilhões de pessoas. As economias sustentáveis não serão movidas por combustíveis fósseis, mas sim por energia solar e suas muitas formas diretas e indiretas: luz solar para aquecimento e eletricidade fotovoltaica, energia eólica, hídrica e assim por diante. (...)
Nas indústrias sustentáveis, a reciclagem será a principal fonte de matéria prima. O design de produtos se concentrará na durabilidade e no uso reiterado, em vez da vida curta e descartável dos produtos. O desejável será uma mentalidade baseada na ética da reciclagem. As empresas de reciclagem ocuparão o lugar das atuais companhias de limpeza urbana e disposição final do lixo, reduzindo a quantidade de resíduos em pelo menos em dois terços. Uma sociedade sustentável necessitará de uma base biológica restaurada e estabilizada. O uso da terra seguirá os princípios básicos da estabilidade biológica: a retenção de nutrientes, o equilíbrio de carbono, a proteção do solo, a conservação da água e a preservação da diversidade de espécies. É provável que as áreas rurais tenham maior diversidade do que atualmente com o manejo equilibrado da terra, em que haverá rotatividade de plantações e de cultivo de espécies. As empresas que produzirem alimentos e energia serão mais populares. (...)
A característica decisiva de uma economia sustentável será a rejeição da cega busca de crescimento. O produto interno bruto será reconhecido como um indicador falido. No lugar do PIB, as mudanças econômicas e sociais, tanto quanto as tecnológicas, serão medidas por sua contribuição à sustentabilidade. Em um mundo sustentável, os orçamentos militares serão uma pequena fração do que são hoje. Em vez de manter caras e poluidoras instituições de defesa, os governos poderão investir em uma fortalecida Organização das Nações Unidas para a manutenção da paz.
Fonte: http://www.redeambiente.org.br/_noticias/view1.asp?id=304

quarta-feira, 19 de março de 2008

“O que ocorrer com a terra, recairá sobre os filhos da terra. Há uma ligação em tudo.”



Em 1854, o Governo dos Estados Unidos tentava convencer o chefe indígena Seatle a vender suas terras. Como resposta, o chefe enviou uma carta ao Presidente Franklin Pierce, que se tornou um documento institucional importante e que merece uma reflexão atenta pois é uma lição que deve ser cultivada por esta e pelas futuras gerações.Decorridos quase dois séculos da carta do cacique indígena Seatle ao Presidente do Estados Unidos, seus ensinamentos permanecem atuais e proféticos, para todos aqueles que sabem enxergar no fundo do conteúdo de sua mensagem.A carta do cacique Seatle é uma lição inesgotável de amor à natureza e à vida, que permanece na consciência de milhões de pessoas em todas as partes do mundo. É o hino de todos aqueles que amam a natureza e tudo o que nela vive. A cada leitura, renovamos os ensinamentos que ali estão. Serve para ler e reler e passar adiante para que todos a conheçam.

Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa idéia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los?
Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência de meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho.
Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem - todos pertencem à mesma família.
Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós.
O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós.
Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar as suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz de meus ancestrais.
Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção da terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas, saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.
Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda.
Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos.
E o que resta da vida se um homem não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.
O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro - o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda a vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também recebe seu último suspiro. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados.
Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos.
Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir.
Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos.
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo.
Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem as suas crianças o que ensinamos as nossas que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.
Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.
O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.
Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos - e o homem branco poderá vir a descobrir um dia: nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem, e Sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. A terra lhe é preciosa, e ferí-la é desprezar seu criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.
Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta densa impregnadas do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam.
Ondeestá o arvoredo? Desapareceu.
Onde está a águia? Desapareceu.
É o final da vida e o início da sobrevivência.



quarta-feira, 12 de março de 2008

O que é PERMACULTURA?



A XIV Semana de Meio Ambiente trará em sua programação o mini-curso "Conhecendo a Permacultura", onde serão expostos os projetos de utilização de métodos ecologicamente saudáveis e economicamente viáveis, que respondem às necessidades básicas sem explorar ou poluir o meio ambiente, e que são auto-suficientes a longo prazo - mais uma prática sustentável viável para pequenas produções agrárias.


Poderiamos definir Permacultura, literalmente, como CULTURA PERMANENTE. Esse conceito foi desenvolvido nos anos 70 por dois australianos: David Holmgren e Bill Mollison, e foi resultado da criação e desenvolvimento de pequenos sistemas produtivos organicamente integrados (a casa, o entorno, as pessoas...) proporcionando responder as necessidades básicas de uma maneira harmoniosa.
Portando, são desenvolvidos para durar tanto quanto seja possível, com o mínimo de intervenção. Os sistemas são tipicamente energizados com a luz do sol, os ventos, e/ou as águas, produzindo energia suficiente para suas próprias necessidades.
Entende-se que tanto o habitante, a sua morada e o meio ambiente em que estão inseridos fazem parte de um mesmo e único organismo vivo.
A Permacultura trata as plantas, animais, construções e infra-estruturas (água, energia, comunicações) não apenas como elementos isolados, mas como sendo todos parte de um grande sistema intrinsecamente relacionado.
Para isso, faz-se necessário a observação e a combinação de vários aspectos: os ecossistemas, a sabedoria ancestral e o conhecimento científico, aproveitando as qualidades inerentes das plantas e animais, através da combinação de suas características naturais aos elementos que compõem a paisagem e a infra-estrutura existentes, para que se possa produzir assim um sistema que suporte o desenvolvimento da vida, tanto na cidade quanto no campo, utilizando-se o mínimo de recursos possíveis.

A Permacultura faz uso da maior quantidade de funções possíveis de se aproveitar de cada elemento presente na composição natural do espaço, mesmo os excedentes e dejetos produzidos por plantas, animais e atividades humanas são utilizados para beneficiar outras partes do sistema.
Procura-se aproveitar também toda a flora local, associando árvores, ervas, arbustos e plantas rasteiras que se alimentam e se protegem mutuamente.
As plantações são organizadas de modo que se aproveite da melhor maneira possível toda a água e a luz disponíveis. Elas são arranjadas num padrão circular em forma de mandalas, com acesso facilitado por todos os lados. Os pomares são cobertos de leguminosas imitando o ambiente das florestas.
Os galinheiros são rotativos, para que as galinhas sejam deslocadas para outro ponto após terem estercado a terra, que será usada para outro fim, enquanto que as galinhas preparam e adubam uma nova área.
A água da chuva também é aproveitada através da instalação de captadores, que faz com que a água seja armazenada e utilizada para diversos fins, como a descarga do vaso sanitário, por exemplo.
Enfim, o princípio básico da Permacultura é: trabalhar "com" e "a favor de", e não "contra a natureza".
Fonte: IPEMA - disponível em http://www.ipemabrasil.org.br/

Orientações sobre Compostagem



Do total do lixo urbano gerado na cidade do Rio de Janeiro, 60% são formados por resíduos orgânicos que podem se transformar em excelentes fontes de nutrientes para as plantas.

Muitas pessoas acreditam que um bom composto é difícil de ser feito ou exige um grande espaço para ser produzido; outras acreditam que é sujo e atrai animais indesejáveis. Se for bem feito, nada disto será verdadeiro. Um composto pode ser produzido com pouco esforço e custos mínimos, trazendo grandes benefícios para o solo e as plantas. Mesmo em um pequeno quintal ou varanda, é possível preparar o composto e, desta forma, reduzir a produção de resíduos inclusive nas cidades.

Todos os restos de alimentos, cascas de legumes, frutas, estercos animais, aparas de grama, folhas, galhos, restos de culturas agrícolas, enfim, todo o material de origem animal ou vegetal pode entrar na produção do composto.
Contudo, existem alguns materiais que não devem ser usados na compostagem, que são:
gorduras animais, pois são de difícil decomposição, restos de carne, pois podem atrair animais como ratos e baratas, revistas e jornais, pois contem tinta e são de decomposição mais lenta.
Madeira tratada com pesticidas contra cupins ou envernizadas, vidro, metal, óleo, tinta, couro, plástico e papel, que além de não serem facilmente degradados pelos microorganismos, podem ser transformados através da reciclagem industrial ou serem reaproveitados em peças de artesanato.

Dito de maneira científica, o composto é o resultado da degradação biológica da matéria orgânica, em presença de oxigênio, sob condições controladas pelo homem. O composto possui nutrientes minerais tais como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, ferro, zinco, cobre, manganês, boro e outros.

Fornecer composto às plantas é permitir que elas retirem os nutrientes de que precisam de acordo com as suas necessidades ao longo de um tempo maior do que teriam para aproveitar um adubo sintético e altamente solúvel, que é arrastado pelas águas das chuvas.

Para se obter um bom composto é necessário equilibrar a relação carbono/nitrogênio. É esta proporção que regula a ação dos microrganismos, devendo a mistura de resíduos orgânicos ter uma relação C/N inicial em torno de 30, ou seja, os microrganismos precisam de 30 partes de carbono para cada parte de N consumida por eles. Os restos de alimentos (parte úmida do composto) são ricos em nitrogênio, enquanto o capim, a palha, a serragem, a cinza e o esterco (parte seca do composto) são ricos em carbono.

O local para fazer o composto deve ser reservado, próximo à um ponto de água, com espaço suficiente para o reviramento da pilha, com terreno de boa drenagem e de modo que a água possa escorrer para um local apropriado.

Deve-se iniciar a pilha de composto com um pouco de terra. Em seguida são colocadas camadas alternadas de alimentos (úmidos) e palha, serragem, etc (secos). Para garantir que a compostagem ocorra plenamente deve-se revolver a pilha ao menos uma vez por semana. Intercalar camadas com esterco de qualquer animal é muito interessante, pois o mesmo funciona como inóculo de microrganismos e o processo tende a ser muito mais rápido.

O processo pode levar de quatro a dez semanas dependendo do tipo de resíduos orgânicos utilizados. As camadas podem ser levemente irrigadas quando for detectado algum ressecamento da pilha.




Fonte: Ilana Nina (NIMA/PUC-Rio)

"Triple bottom line" ou tripé da sustentabilidade

A imagem do tripé é perfeita para entender a sustentabilidade.

No tripé estão contidos os aspectos econômicos, ambientais e sociais, que devem interargir, de forma holística, para satisfazer o conceito.

Até meados da década de 70, uma empresa era sustentável se tivesse economicamente saudável, ou seja, tivesse um bom patrimônio e um lucro sempre crescente, mesmo que houvesse dívidas. Para um país, o conceito incluía um viés social. Afinal, o desenvolvimento teria que incluir uma repartição da riqueza gerada pelo crescimento econômico, seja por meio de mais empregos criados, seja por mais serviços sociais para a população em geral. Esse critério, na maioria das vezes, é medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) do país, o que para o novo conceito é uma medição limitada.

A perna ecológica do tripé trouxe, então, um problema e uma constatação. Se os empresários e os governantes não cuidassem do aspecto ambiental podiam ficar carentes de matéria-prima e talvez, sem consumidor, além do fantasma de contibuir para a destruição do planeta Terra.

Assim, o triple bottom line ficou também conhecido como os 3 Ps (People, Planet and Proift, ou, em português, PPL - Pessoas, Planeta e Lucro).

É importante verificar que esses conceitos podem ser aplicados tanto de maneira macro, para um país ou próprio planeta, como micro, sua casa ou uma pequena vila agrária.

People – Refere-se ao tratamento do capital humano de uma empresa ou sociedade: salários justos, adequação à legislação trabalhista e ambiente de trabalho agradável. Também é imprescindível atentar para os efeitos da atividade econômica nas comunidades vizinhas ao empreendimento.

Planet – Refere-se ao capital natural de uma empresa ou sociedade. É a perna ambiental do tripé. Aqui é importante pensar no pequeno, médio e longo prazo. A princípio, praticamente toda atividade econômica tem impacto ambiental negativo. Nesse aspecto, a empresa ou a sociedade deve pensar nas formas de amenizar e compensar. Deve ser levado em conta a adequação à legislação ambiental e a vários princípios discutidos atualmente como o Protocolo de Kyoto.

Profit – É resultado econômico positivo de uma empresa. Essa perna do tripé deve levar em conta os outros dois aspectos.


Para segurar o tripé


O desenvolvimento sustentável ainda deve ser pensando por meio de questões políticas e culturais. Elas são importantes para qualquer tipo de análise do tripé, onde tudo está interligado.


- Os aspectos políticos trata das premissas do desenvolvimento de maneira sustentável e as políticas adotadas - por uma empresa ou por uma determinada sociedade.

- Os aspectos culturais são essenciais no relacionamento empresa/comunidade/empregados, onde é necessário conhecer as limitações e vantagens culturais da sociedade que participa do empreendimento. A cultura de determinada localidade pode ser útil para entender melhor a dinâmica da biodiversidade local, por exemplo.


Fonte: How Stuff Works, acessado em 12 de Março de 2008.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Reduzir, Reciclar e Reaproveitar

Aquecimento Global, extinção de espécies, queda de produção agrícola, elevação do nível do mar, secas, maremotos, poluição, excesso de lixo, referem-se ao erro da nossa relação com a natureza. Uma vez que o homem acha que pode dominá-la, dentro de um modelo desenvolvimentista do capitalismo.
Esse é um caminho que a evolução técnica da nossa civilização está seguindo, diante desse fato é necessário que a sociedade reconstrua caminhos, de modo a respeitar a natureza, vivenciá-la e evoluir junto a ela.
É necessária uma mudança cultural. Hoje temos a idéia de que os recursos nunca vão acabar, temos que abandonar essa ilusão e estar ciente de que os recursos podem faltar ainda na nossa geração.
Sustentabilidade, todos sabem sobre o assunto, mas será que todos estão fazendo algo pela natureza?
Está na hora de sair do vocabulário e agir.
Temos que respeitar o meio ambiente e sobretudo economizar recursos. São práticas simples que podemos fazer no nosso dia- dia, onde resulta na economia de materiais e redução de desperdícios.

Sustentabilidade se faz no dia-a-dia, se faz nas grandes, mas principalmente nas pequenas ações.

Veja aqui algumas dicas:

- Evite o uso de automóvel, procure andar a pé, ou de bicicleta, assim você evitará a emissão de gases de efeito estufa, além de melhorar seu condicionamento físico.
- Evite deixar aparelhos telefônicos sem uso ligados à tomada.
- Diminua sempre que puder o consumo de água.
- Plante uma árvore.
- Reutilize sempre que necessário, recicle papel, latas e garrafas.
- Faça uma coleta seletiva em sua própria casa. Alimentos podem virar adubo, atraves dos métodos de compostagem - com orientação especializada e os devidos cuidados para não atrair animais nocivos à saúde. E principalmente materiais "secos" - latas, vidros, papéis, podem ser lavados e separados, disponibilizado-os para coleta de empresas de limpeza ou outras instituições de reciclagem-reutilização.
- E de maneira geral, diminua a quantidade de lixo produzido por você.

Projetos que uma empresa pode programar integrando ações de gestão ambiental.

- Coleta seletiva do lixo, separar o lixo seco do lixo molhado, necessitando assim de cursos para servidores e que a informação seja fornecida a todos os participantes, incluindo a educação de todos.
- O lixo molhado, ou seja, todas as sobras de cozinha que sejam de origem animal ou vegetal: sobras de comida, cascas de ovo, entre outros, pode ser transformado em adubo para as plantas.
E já o lixo seco (e limpo) pode ser levado para uma associação de catadores de lixo, onde será separado.
- Substituir copos descartáveis, que geram grande quantidade de lixo, por canecas de louça para o consumo de água ou café.
- Aproveitar o máximo a luz natural do dia, desligando parte das lâmpadas.
- Ao invés dos aparelhos de ar condicionado, manter abertas as janelas e portas permitindo a entrada de ar externo.
Implantar recursos e sistemas tecnológicos que poupam energia e preservam o meio ambiente, tais como:
· A instalação de luminárias de maior eficiência e menor consumo de energia.
· A modernização do sistema de ar-condicionado e a limpeza dos filtros também permitem mais segurança e o controle da temperatura ambiente.
· Para preservar mananciais e fontes e garantir água potável de boa qualidade, o Serviço de Manutenção estuda a substituição dos bebedouros de galões por filtros instalados na parede, ligados diretamente a rede de água.

Fonte: Jornal Senado Verde

sexta-feira, 7 de março de 2008

Comissão de Sustentabilidade

Uma comissão foi criada pelo NIMA este ano para pôr em prática o projeto de sustentabilidade do campus da PUC. A Comissão de Sustentabilidade é composta por um grupo interdisciplinar, de professores, alunos e colaboradores de diversas áreas, e que já definiu, a princípio, quatro eixos de ação: Água e energia. Materiais e resíduos. Biodiversidade. Educação ambiental.
Com o intuito de levantar dados, diagnosticando os problemas do campus, quatro equipes dividirão os trabalhos em torno da sustentabilidade da PUC. Na XIV Semana de Meio Ambiente, os dados até então reunidos pela Comissão de Sustentabilidade serão apresentados, juntamente com as propostas que os alunos desenvolverão durante o semestre.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Sobre a temática da XIV Semana

A partir do Colóquio Global de Reitores de Universidades, convocado em 2007 pela New York University, por conta do Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, a reitoria da PUC procura dar ênfase à ampliação de pesquisas e debates sobre as questões suscitadas pós-Kyoto.
Convidados a integrar uma espécie de comitê sobre as mudanças climáticas, assessorando o citado Secretário Geral, o evento convocou 25 Reitores do mundo inteiro à reflexão em torno do potencial de sustentabilidade das universidades, tanto dentro quanto fora de seus campi, tais como a coleta seletiva de lixo, a economia de energia, as novas construções, a educação ecológica dos alunos e a utilização de materiais recicláveis, entre outras práticas.
A pedido do Reitor Pe. Jesus Hortal, um plano de sustentabilidade vem sendo desenvolvido pela Comissão de Sustentabilidade da PUC. Organizada pelo NIMA este ano, a Comissão apresenta uma proposta de projeto permanente dentro da PUC.

Toda esta complexidade envolve a sociedade contemporânea integralmente, sendo fundamental alargar os espaços de discussão, tornando viável a troca e complementaridade entre as mais diversas áreas do conhecimento. Colocando a metodologia inderdisciplinar a serviço do desenvolvimento socioambiental mais sadio, a temática “Universidade Sustentável” foi eleita para as discussões da 14ª Semana de Meio Ambiente da PUC-Rio.

A programação foi definida com o intuito de despertar o interesse do maior número de pessoas possível. Sendo assim, serão ministradas palestras, mesas-redondas, oficinas e mini-cursos para aqueles que buscam desde esclarecimentos básicos até um conhecimento aprofundado sobre o tema, além de pré-eventos durante todo o semestre 2008.1, buscando integrar todo o campus universitário. Exposições e intervenções também farão parte do cotidiano acadêmico no calendário da semana.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Nova era na PUC

A Semana de Meio Ambiente de 2008 tem por objetivo maior ser o início de uma nova cultura ambiental dentro da PUC. Durante a Semana, as atividades servirão à conscientização da comunidade para os problemas de sustentabilidade dentro do campus. Para isso, serão divulgadas propostas de ações efetivas, tornando a comunidade ciente do desafio aceito pelo Reitor e pelo NIMA, de concretizar uma universidade sustentável. O primeiro passo é, portanto, tornar público a meta da universidade e em seguida, convocar os alunos, funcionários e toda a comunidade, para se integrarem nessa nova era da PUC.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Por uma cultura ambiental

A ONU realizou no ano passado um evento que reuniu 25 Reitores de universidades do mundo inteiro, dentre elas da PUC do Rio e da USP, para discutir as mudanças climáticas. Segundo o Reitor Pe. Jesus Ortal, a partir do Colóquio Global de Reitores de Universidades, ficou "uma tarefa extremamante desafiadora: como transformar a PUC - Rio numa universidade sustentável, do ponto de vista ambiental e tornar-se líder na pesquisa e nos serviços prestados nessa área".
Um plano de sustentabilidade está sendo estudado pela Comissão de Sustentabilidade da PUC, organizado pelo NIMA, iniciada este ano a pedido do Reitor, e apresenta uma proposta de projeto permanente dentro da PUC. A Comissão teve hoje sua quarta reunião, formada por um grupo interdisciplinar, que busca discutir a sustentabilidade dentro do campus e encontrar práticas específicas, para que cada campo do conhecimento possa desenvolver uma cultura educacional dirigada a compreensão e ao engajamento no contexto ambiental comum.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Evolução X Ruptura

A sustentabilidade ainda não foi construída.
Onde estão minhas pernas?
No ar, só pode!
Porque minha terra está sendo degradada.

Esta incapacidade de criar soluções sustentáveis,
esta falta de poder sobre si mesmo,
tudo isso,
é uma baita de uma falta de percepção do casulo de energia do outro!

Cadê a minha natureza, que eu não encontro dentro de mim?
Está em ti?
Em tudo é que ela está.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Universidade Sustentável

A PUC-RIO realizará do dia 3 a 6 de junho a 14ª Semana de Meio Ambiente, que vai apresentar palestras, oficinas, filmes, sensibilização, mini-cursos, e outras atividades relacionadas às questões ambientais, que tem como tema a Universidade Sustentável.
Há mais de oito anos o Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (NIMA), da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, promove um evento com o objetivo de apoiar atividades de educação ambiental.
Em 2008, a proposta é orientar os participantes a pensarem soluções de sustentabilidade, para que a percepção dos efeitos da ação do homem sobre o ecossistema, ao invés de reforçar o cenário apocalíptico, possa despertar o interesse individual de compreender o ambiente.
Se a vida depende da integração do homem com o meio, se não há quem possa se ausentar da responsabilidade de ser-em-comum, o que faremos? Como podemos ser parte do corpo planetário com consciência local sustentável?
A SMA de 2008 urge!